segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Capitulo 4 de Ainda Não Disse Adeus



Cap. IV – Decepção
Eu entrei em casa rapidamente para ninguém me ver naquele estado, corri para o meu quarto e chorei até adormecer. Chorar sempre me deixava com sono.
Levantei ouvindo meu despertador tocando: Point of view – Mcfly e comecei a chorar novamente por dois motivos, o primeiro era porque pela primeira vez aquela musica tinha tudo a ver comigo no momento e segundo porque eu teria quer ver e encarar o ARTHUR hoje na escola. Arrumei-me lentamente e de qualquer jeito, nem passei pelo espelho, eu já sabia a cara que eu estava, inchada de tanto chorar. Novamente passei rápido pela minha mãe só gritando um tchau e caminhei em direção a escola, implorando para não chegar lá por algum motivo qualquer.
A primeira pessoa que vi ao chegar à escola foi justamente o ARTHUR, passei por ele evitando olhar em seus olhos, ele gritou meu nome, mas eu ignorei. Eu tinha vontade de chorar, mas eu não podia e nem faria isso na frente dele. Avistei o CHAY e fui até ele.
- Oi Prima, você está melhor? – eu senti pena na voz dele, e isso me deu pena de mim, porque eu imagino o estado calamitoso em que eu estava.
- Na verdade não, mas eu vou ficar... Eu acho. – tentei ser otimista o que obviamente não funcionou.
Ele me abraçou forte e fomos para a aula.
E os dias foram passando todos assim, eu evitando o ARTHUR. Nos primeiros dias ele tentou até falar comigo, mas eu sempre o ignorava porque eu não podia tocar naquele assunto de novo, não podia perdoar, porque perdoar seria lembrar e se eu sentisse tudo aquilo de novo, eu não agüentaria.
Um mês se passou e eu ainda não falava com ARTHUR, ainda não podia ouvir seu nome, mas eu estava relativamente bem. Já não chorava mais e já não me permitia pensar nele, joguei tudo que me lembrava ele fora, apesar de meu quarto ter ficado quase vazio, aquilo me deixava melhor.
- E aí LUINHA , vamos num pub hoje? – SOPHIA me convidou.
- Acho que eu vou sim. Tô precisando sair, me animar. – Eu sorri, o que eu não fazia há muito tempo.
- Nossa LUINHA voltou! AH! – Ela deu um grito estridente e eu ri.
- Deixa de ser boba! A Nathalia e o CHAY vão?
- Nossa você estava fechada em seu mundo mesmo, não?
- Hã? Por quê?
- Eles estão quase namorado LUINHA ! Agora só fazem programas bobos de namorados melosos.
- Finalmente eles se acertaram então? – Eu sorri feliz por eles.
- É finalmente. – Rimos juntas.
E a tarde passou voando, depois de dias eu realmente estava bem, feliz e atualizada dos assuntos.
Quando estava indo ao parque com SOPHIA olhei para o lado e vi um menino parecido com o ARTHUR beijando Catarina, uma das putinhas o Saint Anne High School. Eu parei chocada e não conseguia disfarçar que estava olhando diretamente pra eles.
- É o ARTHUR, não é? – apontei indiscretamente para eles.
- Hã... LUINHA eu acho que é – sua voz falhava enquanto respondia.
Eles pararam de se beijar e então eu o reconheci perfeitamente, era o ARTHUR. Eu achei que meu mundo só pudesse cair uma vez, mas eu estava errada. Senti meu mundo desabar novamente, era uma dor igual ou pior do que quando ele me contou da traição. Eu perdi o ar, minhas pernas estavam, tremulas e eu novamente fiquei parada sem ação, só ouvia a SOPHIA falando algo como “você não precisa ver isso, vamos embora”, mas eu tinha perdido a noção do espaço novamente e só conseguia ver aquela cena rodando e rodando em minha mente. Até que ouvi uma voz diferente gritando.
- Lua ? LUINHA ? Você viu isso? Não é o que você pensa – Era a voz do ARTHUR e a ouvia cada vez mais próxima de mim.
Passei a mão em meu rosto enxugando as lágrimas e olhei para ele indignada.
- Adeus ARTHUR, dessa vez pra sempre.
- LUINHA , espera!
Eu saí correndo sem direção, larguei SOPHIA sozinha com ele, por um momento pensei em voltar mas ela me entenderia, porque eu não podia ficar lá nem voltar. Eu precisava ficar sozinha e chorar. Foi uma decepção tão grande, como ele pode novamente fazer isso? Tudo bem que fazia um mês que eu não falava com ele, mas ele não podia ter feito isso... E quando ele disse que me amaria pra sempre apesar de qualquer coisa? Isso não seria o “qualquer coisa”? Meu coração estava mais despedaçado que antes e dessa vez não tinha concerto. 

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